MEDO:
Tenho medo,
medo do inseguro, do obscuro,
medo do escuro.
Às vezes até tenho medo do amor,
o mesmo amor que me fez ser quem eu sou,
o mesmo amor que o tempo despedaçou.
Eo que eu faço com esse medo?
Basta!
Me cansei deste enredo.
DÓ:
Agora me diz,
qual é o problema?
Espere ai, qual dos mil?
Olho nas ruas e vejo muitos deles,
ser cego já não é suficiente,
não vejo, mas sinto...
Sinta!
Sinto pelos outros
mas sentir não basta,
vou agir, mas como?
Merda, sou só, sem ninguém
será que adianta?
Dane-se, quero ajudar,
vou cooperar, nem que seja só.
Acordo e vejo a realidade
que está à minha volta,
eu bem e o mundo em um nó,
que pena, todo mundo só fica na dó.